O calor não é, necessariamente, um entrave para o tratamento das varizes, mas ele propicia a intensificação dos sintomas do quadro. Vale ressaltar que as varizes dos membros inferiores são, de acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, veias superficiais anormais, cilíndricas ou saculares, tortuosas, alongadas e dilatadas, sendo que o calor também contribui para a dilatação das veias.
“O calor não prejudica o tratamento das varizes. O que ocorre é que no calor os sintomas causados pelas varizes, normalmente, pioram. Em períodos de alta temperatura, as veias de nosso corpo se dilatam. Este mecanismo é normal e ocorre para que nosso corpo perca temperatura e se adapte ao clima mais quente. Com isto, ocorre maior acúmulo de sangue nas pernas, o que intensifica os sintomas dos pacientes com varizes”, explica o angiologista Rodrigo Fukushima.
Ainda segundo o especialista, não é por acaso, portanto, que os pacientes com varizes dos membros inferiores costumam se queixar de piora da dor, peso, cansaço, inchaço, câimbras e outros sintomas nos períodos mais quentes do ano. Mesmo assim, quando o paciente está com o tratamento em andamento, feito de forma adequada, as chances de sofrer no calor com os sintomas das varizes diminuem bastante.
Como se trata de um problema crônico, o paciente deverá seguir um tratamento continuado, sem prazo para acabar. Somente dessa forma ele poderá viver sem os incômodos associados ao quadro. O tratamento contra varizes engloba algumas medidas, mas o uso de medicamento específico é a base do processo, pois essa é a forma mais efetiva de melhorar a circulação sanguínea e, consequentemente, os sintomas.
“Os tratamentos para as varizes podem ser realizados independente da época do ano e da temperatura ambiente. Isso vale para os tratamentos com medicamentos, com uso de meias de compressão, prática de atividades físicas e fortalecimento muscular, etc. Até os tratamentos com escleroterapia, laser, espuma e cirurgia podem ser realizados em períodos mais quentes, sem prejuízo para seus resultados”, conclui Fukushima.