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Síndrome de Cockett / May-Thurner
A Síndrome de Cockett, também conhecida como Síndrome de May-Thurner, refere-se a compressão da veia ilíaca esquerda entre a coluna lombar e a artéria ilíaca direita.
O trajeto da veia ilíaca esquerda entre a coluna lombar e a artéria ilíaca direita é anatomicamente estreito. Entretanto, em algumas pessoas, este espaço é ainda mais reduzido, levando a compressão patológica da veia ilíaca esquerda e as complicações dela decorrentes.
Ao longo do tempo, a compressão da veia ilíaca pode ocasionar varizes na região pélvica, varizes no membro inferior esquerdo e trombose venosa profunda. Os pacientes tendem a apresentar sintomas como edema do membro inferior esquerdo, dor pélvica crônica, dor durante e após relação sexual e sintomas intensos de varizes na perna esquerda.
A doença acomete predominantemente mulheres entre 20 e 50 anos de idade.
Alguns exames podem auxiliar no diagnóstico:
- Ultrasso doppler de abome e pelve
- Angiotomografia de abdome e pelve
- Angioressonância nuclear magnética de abdome e pelve
- Angiografia da veia ilíaca esquerda
- Ultrassom Intravascular (IVUS)
É muito importante ter a avaliação por um médico cirurgião vascular. O espectro de tratamento é amplo e irá depender da extensão e da intensidade da doença. Há situações em que é possível o acompanhamento clínico da doença, entretanto, há casos em que se faz necessária a realização de cirurgia com implante endovascular de stent.
Tratamento
Alguns pacientes apresentam compressão normal da veia ilíaca esquerda pela artéria ilíaca direita. Nestes casos, o tratamento não se faz necessário, mesmo que no laudo do exame seja relatada a compressão.
Por outro lado, as pessoas que apresentam sintomas podem ser tratadas com cirurgia minimamente invasiva, endovascular.
O procedimento é realizado em hospital, com anestesia local, com sedação leve ou com anestesia geral. O procedimento dura cerca de 2h e a alta é no mesmo dia ou no dia seguinte ao procedimento. Não há necessidade de internação prolongada.
O procedimento é cirúrgico, mas minimamente invasivo, realizado através de uma pequena punção na virilha ou no braço; sem a necessidade de cortes.
Através do ponto de punção são inseridos cateteres até a veia ilíaca esquerda. Então é colocado um “stent”, que irá corrigir a compressão da veia.