O quadro de varizes se forma pela influência de diferentes fatores de risco, sejam eles evitáveis ou não. Prevenir os fatores evitáveis diminui bastante as chances de sofrer com a doença, mas ainda é possível desenvolver os sintomas, especialmente quando há uma predisposição genética para isso (histórico familiar do problema).

Fatores de risco não evitáveis

“O principal fator de risco não evitável das varizes dos membros inferiores é a predisposição genética. Ou seja, uma herança familiar que predispõe o indivíduo a desenvolver o problema ao longo de sua vida. Aqueles pacientes com familiares de primeiro ou segundo grau que têm ou tiveram varizes devem ficar especialmente atentos e procurar orientação médica”, informa o angiologista Rodrigo Fukushima.

Outro fator de risco não evitável ligado às varizes apontado pelo especialista é a gestação. Segundo ele, durante a gravidez, ocorrem tanto alterações anatômicas (crescimento do útero e retenção de líquidos) quanto alterações hormonais (picos de estrogênio e progesterona, as quais favorecem o desenvolvimento e progressão das veias varicosas.

“Ser mulher também é um fator de risco não evitável nesse contexto. Isto porque as mulheres apresentam ciclos hormonais de estrógeno e progesterona. O primeiro induz maior retenção de líquidos, com inchaço e dilatação das veias. O segundo tem o efeito de causar micro lesões e inflamação na parede das veias, favorecendo o desenvolvimento das varizes”, explica Fukushima.

Recomendações de tratamento para quem tem predisposição genética para varizes

Mesmo com esses fatores de risco não evitáveis, ainda é possível conter o aparecimento e piora das varizes. A primeira medida a ser tomada é combater todos os outros fatores de risco que podem ser controlados (ganho excessivo de peso, sedentarismo, má alimentação, uso de hormônios anticoncepcionais, etc.). “Quem apresenta predisposição genética muito importante deve fazer acompanhamento precoce com especialista vascular”, finaliza o médico.