Durante a gravidez, ocorrem diversas alterações hormonais e no corpo da mulher como um todo, o que gera uma tendência para o aparecimento ou agravamento de varizes. De acordo com o angiologista Rodrigo Fukushima, aproximadamente duas em cada 10 gestantes irão desenvolver algum grau da doença.
Aumento de varizes na gestação
“Os picos de estrógeno e progesterona favorecem a dilatação dos vasos, causando pequenas lesões em suas paredes. Já o crescimento uterino, a retenção de líquido e o ganho de peso normais da gestão, prejudicam o fluxo habitual de sangue e mantém os vasos mais dilatados”, explica o especialista.
Por conta disto, na maioria das vezes as varizes regridem gradualmente até seis meses após o parto. Segundo o médico, isso ocorre conforme o útero retorna ao seu tamanho habitual e conforme a mulher deixa de reter líquido e restabelece seu peso habitual. “Infelizmente, em algumas pacientes não ocorre a regressão completa das varizes, ficando algumas remanescentes. Além disso, a cada gestação a mais que uma mulher tem, a regressão das varizes é menor”, informa Fukushima.
Recomendações para controle dos sintomas em grávidas
Para lidar com as varizes decorrentes da gestação, é importante manter uma rotina de atividades físicas, evitar o ganho excessivo de peso e, em algumas situações, utilizar meias de compressão ao longo de toda a gravidez. “Por mais que sejam simples, essas medidas trazem diversos benefícios, minimizando o aparecimento ou evolução da doença varicosa. Prática regular de atividade física e uso de meias de compressão também são indicações para o pós gestação”, ressalta o profissional.
No entanto, nos primeiros seis meses, recomenda-se aguardar, mesmo se houver varizes. Muitas delas irão regredir espontaneamente, sem a necessidade de qualquer tratamento específico além das recomendações já citadas. “Se após seis meses do término da gestação ainda houver varizes ou sintomas relacionados, é importante ter a avaliação de um especialista com posterior planejamento de tratamento”, conclui Rodrigo.